domingo, 12 de fevereiro de 2012

Entorta que vai

Uma mochila surrada que lamenta como um jacaré sorridente: a chave para começar. O sensorial atento é enfeitiçado e então permite-se um hiato num dia tão cheio de objetivos. Qualquer que for a flatulência, será aceita. Um segundo vivido a cada minuto! Como vai depressa essa tranquilidade... Amo ser essa estante e não comportar mais tanta tranqueira. Quero uma faxina por aqui, cair de boca no chão e cair com tudo pra fora.

Pois, não né? Reclamamos do frio quando está frio e do calor quando deliramos... não é assim que nos arrastamos? Administro toda essa latência com um velho molde deformado. Saia daqui! Não tapará meu sol com a peneira, deixe... Minha parede, meus silêncios penosamente rabiscados.

Ossos, vidas, leite em caixa, todos pelo chão de terra. TERRA. Terra que perfumaram com gritos loucos da tirania. Massa falida. Massa encefálica. Falo. Acéfalo. Abutre. Aborígene. Pinga na pia.
Os joelhos deixam marcas nas calças usadas. Pêlos tentam conquistar seu lugar fora da calcinha, furá-la, vencê-la. Calcinha de lycra não é legal, definitivamente.

Hoje ouvi em algum lugar da minha cozinha: "imagine só, depilação anal!".. Sabe o que eu acho? Montes de azeitonas pretas e labaretas pegando fogo dentro de mim. Quase um mexidão, por conta da casa. Vem chegando e fique à vontade. Temo que tenhamos tudo pra dar e vender! Afinal de contas.. e.. que contas são essas mesmo? Bom, dá licença que eu pago as minhas! Então babo onde me der na telha, inclusive nesse seu chihuahua de lacinho cheiroso.

Fez que num fez, acabou não "fondo".
"Nice" daqui, "do, ré, mi" de lá.

"Excuse me!" pendurado (aquele) na cruz e no rabo de saia. "Toda", diria a velha banguelona, "acenda esse esqueiro para fazer desse pernilongo falido mais uma estrela morta".

E ele existe?

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