sexta-feira, 30 de março de 2012

Quis te ver num poema. Vi.

Inventei calos ao lavar a louça e quase desci pelo ralo,
mas continuei a cantar ao te ver regar as plantas.
Hormônios ou luas, sei que não foram palavras tuas.
Silêncios.
E quis ir e ficar, aguçar os sentidos, atender ao paladar.
Cabiam em mim talvez céus de outonos, longas estradas
varandas fechadas... Também abelhas num vôo caótico.
Não sei para onde vais ou de onde vens, mas que preserves
tua natureza movimento.