segunda-feira, 12 de abril de 2010

peça útil

(23/02)
Após um cigarro, chego à biblioteca e guardo minhas esperanças no mesmo armário de número 67. Com uma certa falta de ar nos pulmões e um coração angustiado, subo e me sento na mesma cadeira da noite anterior. É um lugar onde passo horas lendo ou milhares de anos pensando.
Regra geral: desilusões são libertadoras. A prisão interna desabou e deu lugar a uma vastidão de possibilidades. Pessoas erradas aparecem para consequentes deleitos. E após obstruir a fonte distribuidora de sentimento desperdiçado, a calmaria se instaura no corpo recomposto.
Quando opostos se atraem, a dor é certa. Mas o orgulho ferido finalmente se desmancha na paz alcançada. A paz merecidamente alcançada...

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